Ao fim de três dias sem vir aqui devido a trabalho e a ter ido a um casamento, cá estou de novo.
Hoje vou ler alguns poemas meus na exposição de quadros de um amigo meu que vive em Bruxelas e que veio cá passar uns dias (também para ir ao tal casamento).
Vou deixar aqui dois sonetos feitos expressamente para a exposição:
NA CIDADE
Ando pelas ruas da cidade
meio perdida meio identificada
com esta realidade semitranslúcida
de pessoas e de casas sem idade.
Ando pelas ruas sem rumo certo
não sei nem quero saber o caminho
tudo pode estar longe ou perto
mas o tempo só eu é que o defino.
Vejo caras fechadas,vejo casas
gente como árvores sem ramos abertos
e no céu as gaivotas são só asas
que me transportam para outros mundos.
Sozinha vou no meio dos abetos
mergulhada nos meus sonhos mais profundos.
Luisa
CARAS
Caras violentas e pesadas
máscaras colocadas sobre a face
com cores fortes cruelmente retratadas
evitando que o vento do tempo passe.
Foi-se a beleza foi-se a juventude
porque depressa passa a mocidade
ficou marcado o rancor ou a virtude
a amargura ou a alegria da idade.
Pinceladas marcaram um momento
definiram no papel um tempo,um espaço
fixaram para sempre um pensamento
na cor e na tela fundidos num abraço.
Pintor e obra,paleta de emoções
carmim,ocre,violeta de paixões.
Luisa
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Gostei muito dos dois poemas, adoro a ideia dos abetos no primeiro e a ideia da importância da juventude no segundo. Continue sempre a deixar aqui os seus "pequenos" poemas!
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