quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Rosa Libertas

Há uma rosa em Lisboa
desfolhada,esmorecida
em Alfama ou Madragoa
há uma rosa esquecida
nas ruas desta Lisboa.
E as pétalas esvoaçam
empurradas pelo vento
as pétalas da rosa passam
tão leves como um lamento
como asas que ultrapassam
a barreira deste Tempo.
Ah! rosa da liberdade
rosa branca no meu peito
só já existes Saudade
uma flor sem qualquer jeito
nas ruas desta cidade!
Luísa Liberal
3/11/2010

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O meu avô materno que eu nunca conheci, Presidente da Câmara de Tomar, professor e director da Escola de Tomar,doutorado na Suiça em Economia e Finanças,morreu novo,com 4o anos, tuberculoso,quando tinha sido convidado por Salazar para Ministro das Finanças.
A minha mãe tinha dez anos e ficou assim,sem pai nem mãe.No entanto,sempre nos falou com muito carinho deste avô e temos as obras que deixou escritas para o recordarmos como homem culto e íntegro.


terça-feira, 6 de abril de 2010

Voltou a Primavera e eu voltei também aqui.Dizia eu,há uns meses,que o Inverno se tinha esquecido de nós!!!!!Que ironia!O Inverno veio e com uma força avassaladora de frio,de chuva,de dias cinzentos que nunca mais acabavam,deixando o seu rasto de destruição e mortes pelo caminho...
Agora há Sol de novo,árvores cheias de botões a rebentar,novos verdes a tingirem a paisagem,flores no meu jardim e nas minhas jarras, nova disposição no espírito ao ver o brilho maravilhoso da Natureza.Bendito o Seu Arquitecto!
E depois de hibernar como os ursos,aqui estou,com forças renovadas, como uma bateria solar já recarregada!
Somos tão frágeis que precisamos destas pequenas coisas para poder renascer depois dum duro Inverno ("do nosso descontentamento").
Luisa,6/4/2010