sábado, 14 de novembro de 2009
Para quando o Inverno?
Este ano o Inverno esqueceu-se de nós...
apetecem-me os dias frios e não esta chuva misturada com calor como se vivêssemos num qualquer país tropical! Já não há a transição das estações,passa-se do Verão para o Inverno sem a existência morna dos dias suaves das estações mais bonitas do ano, a Primavera em que tudo reverdece e o Outono em que as árvores se despem e o chão fica dourado, pejado de folhas amarelas,laranjas e vermelhas,dando um tom quente ao tapete em que passamos.
As rabanadas de vento fazem rodopiar essas folhas e arrumam-nas em pequenos montinhos pelas ruas, como se um jardineiro invísivel por ali passásse e deixasse tudo em ordem.
Mas falta o frio que nos deixa o nariz vermelho e as mãos geladas, o vidro do carro coberto do gelo da noite,a mantinha nos joelhos enquanto descansamos no sofá,a lareira com pinhas a crepitar,a feijoada e o cozido para aquecer...
Que nostalgia dos dias da infância, o chegar a casa e ter a mãe sempre com um sorriso doce à nossa espera, pronta para nos acolher com um chá quentinho e nos aconchegar ao seu calor cheiroso...
Tudo passa e se modifica, já nada é como dantes...
apetecem-me os dias frios e não esta chuva misturada com calor como se vivêssemos num qualquer país tropical! Já não há a transição das estações,passa-se do Verão para o Inverno sem a existência morna dos dias suaves das estações mais bonitas do ano, a Primavera em que tudo reverdece e o Outono em que as árvores se despem e o chão fica dourado, pejado de folhas amarelas,laranjas e vermelhas,dando um tom quente ao tapete em que passamos.
As rabanadas de vento fazem rodopiar essas folhas e arrumam-nas em pequenos montinhos pelas ruas, como se um jardineiro invísivel por ali passásse e deixasse tudo em ordem.
Mas falta o frio que nos deixa o nariz vermelho e as mãos geladas, o vidro do carro coberto do gelo da noite,a mantinha nos joelhos enquanto descansamos no sofá,a lareira com pinhas a crepitar,a feijoada e o cozido para aquecer...
Que nostalgia dos dias da infância, o chegar a casa e ter a mãe sempre com um sorriso doce à nossa espera, pronta para nos acolher com um chá quentinho e nos aconchegar ao seu calor cheiroso...
Tudo passa e se modifica, já nada é como dantes...
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
JÁ HÁ MUITO QUE NÃO VINHA AQUI!
1º de Outubro
Acabei de falar com uma amiga que está em Angola,a Joana.Há muitos anos que a conheço,fui professora dela e das irmãs e mantenho contacto regular com a família.
É bom saber que por muitos anos que passem,a conversa continua inacabada e pode sempre recomeçar uns anos depois sem que as interrupções a que foi sujeita lhe alterem o sentido ou a carga emocional.Com os amigos é assim...
Estão,ligados por um cordão umbilical invisível,fazem parte da nossa vida e do nosso coração que tem a capacidade extraordinária de albergar todos os que deixamos que façam parte de nós!
E quando há um reencontro parece que o tempo não passou por ninguém e que as rugas que em nós se instalaram são meros fios de tempo que só marcam na pele os dias e alguma inquietação.Permanecemos sempre jovens,como éramos,na ideia dos amigos...aliás,como na nossa.O que estraga tudo são os espelhos!
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Senhor
que queres de mim?
Por que aqui vim
a esta Terra e neste tempo?
Porquê tanta alegria, tanto tormento
nesta alma que, por vezes,
não Te procura?
Não me deixes, Senhor,
na noite escura...
Embala-me nos Teus braços de Amor
leva-me ao colo como meu Pai
corrige todos os meus passos...
E cada dia, quando a noite cai
reserva para mim os Teus abraços
protege-me com manto de ternura.
Ajuda-me a seguir o Teu caminho
sejam quais forem os escolhos e as penas.
Insufla em mim, sempre, o Teu carinho
faz de mim Tua serva apenas,
com alma de menino pequenino.
E quando chegar a minha hora
ConTigo, alegre, eu irei embora.
Luisa,Maio 2009
que queres de mim?
Por que aqui vim
a esta Terra e neste tempo?
Porquê tanta alegria, tanto tormento
nesta alma que, por vezes,
não Te procura?
Não me deixes, Senhor,
na noite escura...
Embala-me nos Teus braços de Amor
leva-me ao colo como meu Pai
corrige todos os meus passos...
E cada dia, quando a noite cai
reserva para mim os Teus abraços
protege-me com manto de ternura.
Ajuda-me a seguir o Teu caminho
sejam quais forem os escolhos e as penas.
Insufla em mim, sempre, o Teu carinho
faz de mim Tua serva apenas,
com alma de menino pequenino.
E quando chegar a minha hora
ConTigo, alegre, eu irei embora.
Luisa,Maio 2009
quinta-feira, 9 de julho de 2009
De novo, o Verão
Que bem que sabe o sol e o Verão
e ouvir lá fora trinar os passarinhos
que bom o pôr-do-sol e o Suão
e o luar que banha os caminhos.
Tudo azul, tudo verde, tudo dourado
tanta cor a inundar a natureza
será possível não ficar maravilhado
e pôr de lado qualquer ponta de tristeza?
Ó Deus, Senhor de toda a criação
das Tuas mãos saiu magnificente
esta obra que Te dá glória crescente
e enquanto eu caminhar por este mundo
louvar-Te-ei de todo o coração,
meu Deus, meu Senhor, meu Tudo!
Luisa,Junho 2009
e ouvir lá fora trinar os passarinhos
que bom o pôr-do-sol e o Suão
e o luar que banha os caminhos.
Tudo azul, tudo verde, tudo dourado
tanta cor a inundar a natureza
será possível não ficar maravilhado
e pôr de lado qualquer ponta de tristeza?
Ó Deus, Senhor de toda a criação
das Tuas mãos saiu magnificente
esta obra que Te dá glória crescente
e enquanto eu caminhar por este mundo
louvar-Te-ei de todo o coração,
meu Deus, meu Senhor, meu Tudo!
Luisa,Junho 2009
domingo, 5 de julho de 2009
Cinzento,azul, rosa, verdes,o rio quase parado, a calma própria de férias...
terça-feira, 30 de junho de 2009
Quase férias
segunda-feira, 29 de junho de 2009
VERÃO
Aproximou-se de mansinho
com pézinhos de calor
e disse às plantas, baixinho:
-Eu sou o Verão
abram-se ao Sol,por favor.
Algumas fizeram vénia
baixaram-se até ao châo
abriram as suas pétalas
deram a beber seu néctar
cheias de boa intencão.
Outras, que são mais humildes
que são só verdes, sem flor,
esverdearam as veredas
e num abraço de amor
refrescaram as paredes.
As mais tímidas,rasteirinhas,
fizeram fila indiana
colorindo com florinhas
que qualquer pessoa apanha
as vielas pobrezinhas.
As altivas trepadeiras
aproveitaram o Verão
rodearam as palmeiras
subiram pelo chorão
num visível sem maneiras.
E em toda a Natureza
foi notável a mudança
o Sol expulsou a tristeza
e as flores fizeram dança
de admirável beleza.
... ...
Mas nisto o Verão terminou
pelas ruas da cidade
rodopiam folhas secas
esquecidas, espezinhadas,
por vezes, mesmo, encharcadas
pelo Outono que voltou.
Luisa,29.6.2009
com pézinhos de calor
e disse às plantas, baixinho:
-Eu sou o Verão
abram-se ao Sol,por favor.
Algumas fizeram vénia
baixaram-se até ao châo
abriram as suas pétalas
deram a beber seu néctar
cheias de boa intencão.
Outras, que são mais humildes
que são só verdes, sem flor,
esverdearam as veredas
e num abraço de amor
refrescaram as paredes.
As mais tímidas,rasteirinhas,
fizeram fila indiana
colorindo com florinhas
que qualquer pessoa apanha
as vielas pobrezinhas.
As altivas trepadeiras
aproveitaram o Verão
rodearam as palmeiras
subiram pelo chorão
num visível sem maneiras.
E em toda a Natureza
foi notável a mudança
o Sol expulsou a tristeza
e as flores fizeram dança
de admirável beleza.
... ...
Mas nisto o Verão terminou
pelas ruas da cidade
rodopiam folhas secas
esquecidas, espezinhadas,
por vezes, mesmo, encharcadas
pelo Outono que voltou.
Luisa,29.6.2009
domingo, 24 de maio de 2009
Ao António Feio
Quem disse que o actor não é poeta
se tanto amor em dez linhas escreveu?
A relação com o irmão em linha recta
as palavras oblíquas para o céu...
Tanta conversa da treta apresentada
com,sabe-se lá, que mágoa
carne e osso em cada noite adiada
como ribeiro quase seco d'água
A dor até no artista existe
mesmo que saia apenas tom brejeiro
e engolem-sa as lágrimas do triste
nas palmas que anestesiam a vida.
E ao homem-actor António Feio
aqui fica a homenagem que lhe é devida.
Luisa,Qta dos Caniços,22/5/09
se tanto amor em dez linhas escreveu?
A relação com o irmão em linha recta
as palavras oblíquas para o céu...
Tanta conversa da treta apresentada
com,sabe-se lá, que mágoa
carne e osso em cada noite adiada
como ribeiro quase seco d'água
A dor até no artista existe
mesmo que saia apenas tom brejeiro
e engolem-sa as lágrimas do triste
nas palmas que anestesiam a vida.
E ao homem-actor António Feio
aqui fica a homenagem que lhe é devida.
Luisa,Qta dos Caniços,22/5/09
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Dizia Sophia de Mello Breyner que o poema é o selo da aliança entre o poeta e a realidade.
Hoje deixo aqui mais um dos muitos que já escrevi na vida:
À MINHA MÃE
É cá dentro que mora a dor que fere
que rasga e dilacera,que exaure
mas não podemos sustê-la - ela que espere
a flor quando cai distorce o caule.
E tu és a flor e já partiste
deixaste-me só,tu eras a matriz
sem ti o meu mundo ficará mais triste
o que é outra flor sem a raiz?
Sinto calma e dor e agonia
e lembranças que vêm aos bocados
de momentos que foram de Alegria
e que agora já vejo desbotados.
Tu eras a razão da minha vida.
Por que te foste embora, mãe querida?
Luisa
Hoje deixo aqui mais um dos muitos que já escrevi na vida:
À MINHA MÃE
É cá dentro que mora a dor que fere
que rasga e dilacera,que exaure
mas não podemos sustê-la - ela que espere
a flor quando cai distorce o caule.
E tu és a flor e já partiste
deixaste-me só,tu eras a matriz
sem ti o meu mundo ficará mais triste
o que é outra flor sem a raiz?
Sinto calma e dor e agonia
e lembranças que vêm aos bocados
de momentos que foram de Alegria
e que agora já vejo desbotados.
Tu eras a razão da minha vida.
Por que te foste embora, mãe querida?
Luisa
sábado, 17 de janeiro de 2009
Ao fim de três dias sem vir aqui devido a trabalho e a ter ido a um casamento, cá estou de novo.
Hoje vou ler alguns poemas meus na exposição de quadros de um amigo meu que vive em Bruxelas e que veio cá passar uns dias (também para ir ao tal casamento).
Vou deixar aqui dois sonetos feitos expressamente para a exposição:
NA CIDADE
Ando pelas ruas da cidade
meio perdida meio identificada
com esta realidade semitranslúcida
de pessoas e de casas sem idade.
Ando pelas ruas sem rumo certo
não sei nem quero saber o caminho
tudo pode estar longe ou perto
mas o tempo só eu é que o defino.
Vejo caras fechadas,vejo casas
gente como árvores sem ramos abertos
e no céu as gaivotas são só asas
que me transportam para outros mundos.
Sozinha vou no meio dos abetos
mergulhada nos meus sonhos mais profundos.
Luisa
CARAS
Caras violentas e pesadas
máscaras colocadas sobre a face
com cores fortes cruelmente retratadas
evitando que o vento do tempo passe.
Foi-se a beleza foi-se a juventude
porque depressa passa a mocidade
ficou marcado o rancor ou a virtude
a amargura ou a alegria da idade.
Pinceladas marcaram um momento
definiram no papel um tempo,um espaço
fixaram para sempre um pensamento
na cor e na tela fundidos num abraço.
Pintor e obra,paleta de emoções
carmim,ocre,violeta de paixões.
Luisa
Hoje vou ler alguns poemas meus na exposição de quadros de um amigo meu que vive em Bruxelas e que veio cá passar uns dias (também para ir ao tal casamento).
Vou deixar aqui dois sonetos feitos expressamente para a exposição:
NA CIDADE
Ando pelas ruas da cidade
meio perdida meio identificada
com esta realidade semitranslúcida
de pessoas e de casas sem idade.
Ando pelas ruas sem rumo certo
não sei nem quero saber o caminho
tudo pode estar longe ou perto
mas o tempo só eu é que o defino.
Vejo caras fechadas,vejo casas
gente como árvores sem ramos abertos
e no céu as gaivotas são só asas
que me transportam para outros mundos.
Sozinha vou no meio dos abetos
mergulhada nos meus sonhos mais profundos.
Luisa
CARAS
Caras violentas e pesadas
máscaras colocadas sobre a face
com cores fortes cruelmente retratadas
evitando que o vento do tempo passe.
Foi-se a beleza foi-se a juventude
porque depressa passa a mocidade
ficou marcado o rancor ou a virtude
a amargura ou a alegria da idade.
Pinceladas marcaram um momento
definiram no papel um tempo,um espaço
fixaram para sempre um pensamento
na cor e na tela fundidos num abraço.
Pintor e obra,paleta de emoções
carmim,ocre,violeta de paixões.
Luisa
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Olá,hoje já é tarde mas não podia deixar de vir aqui.
Estive agora a ver um vídeo que um amigo meu montou com a nossa viagem a Londres no mês passado (nossa,quer dizer,minha,da mulher dele e de mais três amigas!).Só mulheres,em Londres,nas compras de Natal...Imaginam,não é?.............................
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
estasoueu
Aqui estou, numa tarde fria de Janeiro, a iniciar uma outra forma de comunicar!
Sózinha, numa sala pequena,eu e uma máquina à qual me adaptei quase à força.
Neste início de ano, com muitos sonhos por atingir e muita tarefa árdua pela frente.
Até amanhã!
Sózinha, numa sala pequena,eu e uma máquina à qual me adaptei quase à força.
Neste início de ano, com muitos sonhos por atingir e muita tarefa árdua pela frente.
Até amanhã!
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